quinta-feira, 25 de agosto de 2011
sexta-feira, 7 de agosto de 2009
domingo, 2 de agosto de 2009
Em outro encontro, depois do relato de experiências, que é um momento ímpar, lemos um trecho de um conto retirado do livro de Ângela Kleiman, Texto e leitor. Diante da proposta de trabalho, os cursistas produziram anúncios classificados, notícias, boletins de ocorrência, memorando, cartas, dentre outros.
PRECISA-SE
Precisa-se de governanta experiente para administrar uma casa grande, dois andares e três crianças.
Será necessária muita dedicação para organizar a lenha, acender a lareira e aquecer o ambiente.
Não se poderá esquecer, na educação das crianças, de ensiná-las a ouvir o crepitar das chamas.
Como a casa é isolada, é preciso preencher o vazio com risos, sonhos e música.
No último encontro do mês, realizaram a transposição de gêneros – levei fichas com textos de diferentes suportes.
Não se esqueça do
Plasil na sua bagagem.
PLASIL
Alívio imediato contra o enjoo.
O seu melhor companheiro para viagem.
Ivan, Conceição, Priscila,
Raquel e Marlene.
Propaganda transformada em notícia:
Ações do governo melhoram a vida dos brasileiros
“Tais ações beneficiarão muitos estudantes, além de ampliar o acesso ao Ensino Superior de qualidade”, explica o ministro da educação Fernando Haddad.
Ainda segundo ele, outras ações, como a ampliação do ProUni, o ProInfância e o Mais Educação contemplarão crianças e jovens de todo o país até o final de 2010.
“É assim que o país cresce, levando mais Brasil para mais brasileiros”, conclui.
Luciana, Márcia, Valéria e Gugu
“Um galo sozinho não tece uma manhã
ele precisará de outros galos.
De um que apanhe esse grito.....”.
João Cabral de Melo Neto
No mês de junho, pensando sempre em “quem é o professor de Português?”, “quem é o nosso aluno?”, continuamos as oficinas e usamos para leitura reflexiva dois textos: uma entrevista com o linguista João Wanderley Geraldi, publicada no almanaque Na ponta do lápis - “Professor não pode ter medo de errar” e “O conhecimento prévio na leitura” de Ângela Kleiman.
No último encontro do semestre, a turma assistiu ao filme “Narradores de Javé” e fizeram um plano de aula explorando esse recurso pedagógico.
Os relatos de prática são, em todos os encontros, momentos muito produtivos – é muito bom ter oportunidade de refletir sobre as atividades que aplicamos - há sempre muita interação. Os cursistas têm se preocupado em trabalhar atividades contextualizadas e afirmam que os alunos melhoraram e estão mais autônomos e mais motivados para as aulas – especialmente para as atividades realizadas coletivamente.
“Não tenho a menor ideia de onde aprendi a ser escritor. Mas posso garantir que não foi na escola.”
Rubem Alves
Para reflexão e deleite!!!!!!
PARA SARA, RAQUEL, LIA E PARA TODAS AS CRIANÇAS
Carlos Drummond de Andrade
Eu queria uma escola que cultivasse
a curiosidade e a alegria de aprender,
que é em vocês natural.
Eu queria uma escola que educasse
seu corpo e seus movimentos,
que possibilitasse seu crescimento físico
e sadio. Normal.
Eu queria uma escola que lhes ensinasse
tudo sobre a natureza, o ar, a matéria,
as plantas, os animais,
seu próprio corpo. Deus.
Mas que ensinasse primeiro
pela observação, pela descoberta,
pela experimentação.
E que desse coisas que lhes ensinasse
não só a conhecer. Como também a
aceitar, amar e preservar.
Eu queria uma escola que lhes
Ensinasse tudo sobre a nossa
história e a nossa terra de uma
maneira viva e atuante.
Eu queria uma escola que ensinasse
a vocês a usarem bem a nossa
língua, a pensarem e a se
expressarem com clareza.
Eu queria uma escola que ensinasse
a vocês a amar a nossa literatura e
a nossa poesia.
Eu queria uma escola que lhes ensinasse
a pensar, a raciocinar,
a procurar soluções.
Eu queria uma escola que, desde
cedo, usasse material concreto para
que vocês pudessem ir formando
corretamente os conceitos
matemáticos, os conceitos de
números, as operações... Usando
palitos, tampinhas, pedrinhas... Só
porcariinhas!!! Fazendo vocês
aprenderem brincando.
Oh, meu Deus!
Que Deus livre vocês de uma escola
onde tenham que copiar matéria.
Que Deus livre vocês de decorar
sem entender nomes, datas, fatos...
Que Deus livre vocês de aceitarem
conhecimentos “prontos”,
mediocremente embalados nos livros
didáticos descartáveis.
Que Deus livre vocês de ficarem
passivos, ouvindo e repetindo,
repetindo...
Eu também queria uma escola que
também desenvolvesse a
sensibilidade que vocês já têm,
para aprender o que é terno e bonito.
Eu queria uma escola que ensinasse
a conviver, a cooperar, a respeitar, a
esperar, a saber viver
em comunidade, em união...
Que vocês aprendessem a
transformar e criar.
Que lhes desse múltiplos meios de expressarem cada
sentimento, cada drama, cada emoção.
Ah! E antes que eu me esqueça: Deus livre vocês de um professor incompetente.